quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Por algum ou nenhum motivo, Eu!


Ando perdida em mim mesma, tomada por um turbilhão de pensamentos desordenados que nem com o maior esforço consigo ordenar, pra falar a verdade, não conheço muito a palavra ordem além do explicado no dicionário . Às vezes vou pra tão longe que não consigo me alcançar, me acompanhar, e retornar a mim, é como se existissem milhares de ramificações, umas mais distintas que as outras denominadas ‘eus’, e grande parte delas eu desconheço.
Mas não me considero uma exceção, eu consigo perceber o solipsismo camuflado no meio da multidão, vejo também pessoas tão presas a outras pessoas que se ancoram às margens de si próprias, perdem sua essência e ainda conseguem embaraçar a essência alheia. Eu sinto que as bolhas serão as metáforas do futuro e reconheço muito bem que posso me enganar com minhas vistas e percepções. Temo que o surreal torne-se tão freqüente a ponto de se tornar normal, sim, temo também as mudanças ainda que as mais simples, temo e anseio ao mesmo tempo, sou um exemplo vivo paradoxal.
Se eu sento no sofá, o tempo bate a minha porta, o tempo não me dá trégua, insiste em me lembrar que passou que está passando e que sempre passará, ou eu o acompanho, ou corro o risco de me tornar ainda mais anacrônica. E a angústia não para por ai, ainda vem a preocupação de escravização temporal, o medo de me preocupar tanto com a voracidade do tempo e esquecer que enquanto penso as coisas não congelam, o mundo não para a mercê de meus pensamentos, muito menos as pessoas que são as criaturas mais mutáveis e paradoxais de que se tem registro.
Então, qual a saída? Eu não sei, e se um dia eu descobrir, eu continuarei não sabendo... A busca é uma palavra insaciável, é o que rege qualquer tipo de relação, qualquer tipo de ser, se um dia pararmos de buscar, pararemos de viver... É uma cruz que carregaremos SEMPRE!
Nada é tão perfeito que seja indigno de mutação ou busca para a mente humana, e se alguém achar e conseguir a aprovação mundial, parabéns!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

E de Eu ainda acredito!


Um dia desses, rumo a qualquer lugar, avistei do ônibus um cidadão que atravessava o farol com suas muletas, seu rosto de traços fortes, aparentemente cansados, andando ao lado de outros cidadãos, o que poderia perfeitamente camuflar minha observação; Não fosse o fato de ele vestir uma camiseta de cor verde e de palavra esquecida: Esperança.
Veio-me em mente aquele famosíssimo dito popular “A esperança é a última que morre”, naquele rosto morto, ainda existia algo de muito vivo, tão vivo que é desconhecido pelo mundo morto que as pessoas de baixa positividade criaram.
O que me deixa mais triste é enxergar que as pessoas perderam a esperança para com as outras pessoas, ou ainda pior, para consigo mesmas.
Quando a esperança não existe em nós, é impossível de transferi-la ao mundo ou a nossos sonhos, o verde perde a tonalidade, desbota, assim como o espaço geográfico que habitamos também decai.
As pessoas não conseguem recordar o olhar do bebê, aquele olhar curioso, sem expectativas ou retaguardas, sem munições ou idiotices, somente o olhar do bebê, aquele que tudo espera, tudo crê, que não vê barreiras porque está ali para aprender, aonde nada é tudo, aonde os homens com suas vistas cansadas fizeram o tudo virar mais nada.
O que eu queria mesmo era aprender como existem pessoas que possuem um coração só para que o mesmo bombeie o sangue e não as faça morrer, um coração sem esperança... Como não enxergam que estão mortas se não são capazes de sentir o próprio coração a bater, se não sabem as direções de cada pulsar, e que a única ligação que as tolas pulsadas possuem é com um cérebro que as comanda completamente sem deixar com que seus batimentos se expandam, se libertem...
A esperança se perdeu, assim como incontáveis corações que foram abduzidos pelo mundo do negativismo, onde nada é tão bom a ponto de extinguir o direito de mais e mais lamentações, sem esperança, sem mais.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Amor?


“Não dá pra parar no tempo por uma pessoa que não faz com que as coisas andem...”

Que a sensação de ver o mundo parar na companhia de alguém não ofusque a necessidade de rotação e translação que muitas vezes ignoramos.

Ter alguém por perto é muito bom, alguém para compartilhar os sonhos, alguém pra dividir os mais variados estados que são compostos pelo dia a dia abdutor... Mas o amor muitas vezes é traiçoeiro, camufla, faz com que enxerguemos somente o que nos convém, ou ainda pior, cria um ideal que muitas vezes não existe.

Quantas vezes as coisas não vão bem, mas acomodamos, preferimos deixar ‘tudo como está’, e o pior, muitas vezes o está se transforma no esteve, mas nós insistimos em conjugar o verbo em um tempo inexistente. As constantes idealizações do amor são “Respeito, confiança, companheirismo, cumplicidade, fidelidade, etc.” Não vejo hora mais propícia para resgatar uma palavra raramente citada, raramente sentida, raramente procurada:

-Reciprocidade

O que aconteceu com os enamorados para esquecerem-te?

Se as pessoas procurassem em primeiro lugar a reciprocidade, as coisas seriam tão diferentes... Não existe amor sustentável sem reciprocidade, não existe fortificação, perpetuidade, as coisas não fazem sentido, é como olhar no espelho sem ver o reflexo.

Eu sinceramente busco a reciprocidade, eu quero entender essa tal de reciprocidade, e tenho uma triste confissão a fazer, temo que nunca tenha a sentido no quesito amor homem/ mulher. Mas pensando bem, só pude enxergar meus erros através dessa conclusão, por que sempre procuramos um amor avassalador como primeiro plano, ao invés de procurar algo recíproco para através do mesmo, construirmos todos os ideais reciprocamente?

Por que sempre entramos com pré-expectativas nos romances e não deixamos com que a conquista da reciprocidade seja sentida? Por que persistir em vontades opostas? Por que essa mania de brincar de mudar coisas imutáveis só para reverter um sentimento a nosso querer? Por que estar presa a uma pessoa que não acompanha o tempo, que nos ancora as margens de nós mesmos? Por que esquecer do amor próprio buscando o amor alheio?

Por que tantos porquês não são questionados por aqueles que tanto sofrem de amor?

Por que as pessoas não enxergam que o amor só pode fluir se ambas as partes se intensificarem?

Por que sem nos darmos conta, estamos em um cárcere por estarmos com alguém anacrônico?

Por que tornar um dom a insistência utópica que recusamo-nos a abstrair?

Por que não entendem de uma vez por todas que o amor não vale a pena se nada nos acrescenta e se não nos permite acrescentar?

Por que um livro, um caso de uma amiga da vizinha, o espelho do passado são mais importantes que os questionamentos?

Por que criar respostas fajutas a respeito de perguntas que muitas vezes nem sabemos formular, nem sabemos o que realmente queremos saber?

A partir de agora, nada mais me fascina que a idéia de reciprocidade! Espero eu, que esta não seja só mais uma expectativa tola sobre o amor. E tem mais, não vou gastar minha “água mole na pedra dura” na expectativa da pedra furar, eu cansei desse senso comum, eu cansei de criar dons maléficos, que me afastam absurdamente da realidade.

Não vou me prender a alguém que não me mostre nossas possibilidades, que não me passe segurança, que não corresponda a quaisquer sentimentos. Não posso mais suportar a idéia de ver o ponteiro rodar, a folha do calendário virar sem que nada evolua, progrida... Tudo muda nada permanece no mesmo lugar, a não ser aquilo que nunca dará em nada, e essas coisas francamente eu repudio, tudo bem que os aprendizados muitas vezes surgem da nossa insistência em vivenciar histórias que não nos pertencem, mas existem auto-aprendizados, aqueles que não precisamos vivenciar para serem entendidos.

“Não dá pra ficar parada no tempo por uma pessoa que não faz com que as coisas andem...”

Definitivamente, não dá!

terça-feira, 8 de julho de 2008

Impossível titular!


“Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!”

Fato!

Eu percebi que além de amigos, eu tenho verdadeiros anjos a me acompanharem, é inenarrável a intensidade dos sentimentos que sinto na presença dessas pessoas. Não sei se um dia as palavras alcançarão o que meu coração transborda na companhia de vocês, ou mesmo longe, a sensação de segurança que me invade só pelo fato de saber que vocês existem. Vocês são sem sombra de dúvidas as ‘coisas’ mais preciosas que eu tenho... Vocês estão comigo independente de sentimentos, de fases, os lugares se tornam relativos se estou com vocês, as dores ganham cor, a felicidade se amplifica... Vocês acrescentam as vitórias com a positividade, constituem inúmeras histórias que serão levadas para todo o sempre, me fazem enxergar que NADA é impossível simplesmente por tê-los cativado, e por ter sido cativada por vocês.

Eu inventarei uma palavra mais intensa que um obrigada, porque o que eu devo a vocês vai além de qualquer língua ou expressão.

Mas enquanto não invento, enquanto não me torno narradora... Obrigada meus amores, obrigada meus amigos!

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Senso?


Quando ousarmos calcular nosso valor, nos daremos conta de que nada somos além de ‘pontos de vista’. É preciso que lembremo-nos do senso próprio, pois o comum nos abduz a cada segundo de nosso próprio mundo.... Se é que ainda existe alguém capaz de criar um próprio mundo.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Perpetuidade [...]


Quando olho para trás percebo quanto tempo perdi perpetuando inúmeras coisas...

Sentimentos, escolhas, vitórias, derrotas... Eu não entendo esse desespero humano que cria essa necessidade de perpetuidade.

Quantas vezes me encontrei em situações que senti vontade de dormir por uma semana por medo de que fossem para sempre, ou pior, deixei de falar tantas coisas por pensar que certos momentos se repetiriam por toda a eternidade. Lembro-me bem, de uma pessoa que me fez debater ‘N vezes’ a idéia de que “Tudo passa”, bati o pé, ri, chorei, reivindiquei, mas nada era capaz de fazer essa mente mudar de idéia.

Jamais esquecerei de certa carta que dizia “Não existe alegria eterna, assim como não existe dor eterna.” Triste não?

Mas agora eu acho que entendo tais rascunhos... Faça uma retrospectiva de todas as circunstâncias perpétuas que você criou, feito isso, analise quantas ainda existem e que te causam o mesmo sentimento passado ao recordar...

Fato!

Chega a ser engraçado quando nos recordamos de desamores que julgamos fatais, promessas do gênero “Nunca mais faço isso” e que sem percebermos fazíamos a mesma coisa certo tempo depois, ou ainda quando deixamos para o amanhã o que poderíamos ter mencionado hoje, e não mencionamos porque achávamos que o amanhã seria o hoje com algumas horas de diferença...

Por mais triste que pareça, devemos sim levar em conta que as coisas não atingem a mesma intensidade a cada dia, os sentimentos por exemplo, hora se fortalecem, hora se enfraquecem fazendo com que nosso domínio perca a razão.

O que eu realmente entendi é que o querer independe de tempo! Não devemos nos preocupar com a duração das coisas, mas sim com a intensidade de cada coisa... Prefiro olhar para trás e ter uma lembrança intensa, do que resgatar esboços de palavras que não foram ditas por conta dessa maldita idéia de “o infinito pode esperar.”

O que é infinito além dos números que aprendemos nas aulas de matemática?

O que dura tempo suficiente a ponto de nos darmos ao luxo do amanhã?

Como alguém enxergou a perpetuidade se a vida é apenas um curto intervalo?

É preferível o ‘aqui e agora’, do que o ‘a eternidade cuidará’... Amanhã eu não sei, amanhã ninguém sabe, onde está a dificuldade de entender isso?

Planos são realmente fantásticos, sonhos então, nem se fala... É preciso o entendimento da palavra “perpetuidade”, sinônimo do “Sempre”, palavra forte, uma vez que dita pode causar inúmeras e incontroláveis conseqüências... Sonhar com o futuro, ou planeja-lo não é um erro, mas deve-se ter atenção para que o tempo não passe, e o presente acabe se tornando o futuro que nunca chega... Afinal de contas as realizações não se concretizam através de ideais, não independem de ações, não perpetuam seu tempo até que nossas atitudes sejam tomadas.

O perpétuo pode ser lindo, pode ser feio, pode ser doloroso ou prazeroso... Pode ser o que quisermos, pena que seu significado resulte em uma escassez de exceções e casos!

Eu prefiro não busca-lo e se for para enxergá-lo, que seja por conseqüência.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Mas é claro que o mundo da voltas... Agora, esperar ele “girar” é burrice!


Sei lá...

Repentinamente a ficha começa a cair...

E você percebe que suas atitudes derivadas em méritos ou perdas, nem sempre estão entrelaçadas a alguém.

Começa a analisar o mundo de uma outra maneira, e a prestar atenção nas coisas mais simples que envolvem as circunstâncias mais perplexas...

Aprende a dar extremo valor ao que se tem, para depois analisar o que se pode ter!

Passa a amar diariamente as pessoas... E se depara a um grande desafio: O de amar hoje!

Começa a aceitar as diferenças, e mais que isso, entende que sem contradições o mundo seria um imenso espaço vago geograficamente localizado!

Aprende a escutar o coração, e a se libertar dele...

A usar a razão sem ser escrava dela... Entende que em certos momentos ela não só é necessária, como essencial.

Passa a sentir o que grita dentro de você, passa a absorver o que passa subliminarmente, a captar palavras não ditas, examinar olhares sem miradas!

Percebe a aleatoriedade da vida, e sente vontade de confiscar cada segundo!

Aprende a aplicar o conhecido sabiamente...

Aprende a ser flexível e entende que uma opinião revestida de dogmas nem sempre é a correta!

Passa a ver a pratica de muitas teorias pré-conceituadas!

Abre mão de muitas coisas que parecem perpétuas...

Entende que somos aptos ao meio, e que por maior que seja o temor de uma mudança, o tempo encarrega-se de adaptá-la.

Você entende, aprende, percebe, sente... Mas se da conta que está em uma eterna e insaciável busca!

E esse é o maior e mais fascinante dos enigmas...

Porque quem procura, acha, e eu não quero tão cedo achar o fim desses tantos caminhos que ainda trilharei, desses tantos sentimentos que ainda encontrarei, e dessa vida, bela, viva, e inconstante que me aguarda.


.

domingo, 1 de junho de 2008

Do popular para a reflexão...

Uma coisa que ouvi e é verdade!
As pessoas se decepcionam constantemente ao se depararem que “Aquele alguém” não era sua outra metade, ai partem para uma outra “possível” metade e adivinha? Percebem que novamente se enganaram. (Pura e crua verdade!)
Por quê?
Porque você não é metade! Jamais se sujeite a isso, você é inteiro, não precisa de metades para viver, o que você deve buscar é uma outra parte inteira no universo, assim como você é uma parte inteira no universo!
Se você pode ser inteiro, que sentido tem buscar metades?

A maioria de nossas decepções com as pessoas não se explicam por erros das mesmas, e sim por nossa inútil mania de criar um alguém humanamente inexistente que só habita em nossas tolas expectativas!

Procure uma outra imensidão, e não uma restrita metade!
Você só é metade a partir do momento que assim se condena!


E cá pra nós, eu tenho uma amplitude de coisas para descobrir, pouquíssimo tempo para me descobrir... Metade de mim seria um desperdício , uma atrocidade para comigo mesma!

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Quem sou eu?

Quem eu sou?

Não congratularei, nem severamente limitarei...
Sou isso, sou aquilo, sou de infinitas maneiras algo que minhas palavras ainda não alcançaram.

.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Apocalipse!


O mundo lá fora não perdoa a ninguém. A cada dia catástrofes espelham o que o Homem recusou-se a enxergar por toda a eternidade, relatam o mundo que todos preferiram não se preocupar, e pior, mostram a inutilidade do arrependimento que pôde inúmeras vezes ser evitado. Não há espaços para arrependimentos, não existe possibilidade de reverter cada beldade da natureza que foi menosprezada... O Homem terá de aceitar que máquinas, tecnologia, grandes cérebros mecânicos não reverterão conseqüências de suas mentes prepotentes.

Embora pertença a todos, o poder esteve nas mãos de poucos, um equívoco não só dos poucos, mas de todos que assim consentiram sem nada fazer. O mundo anda cada dia mais doido, famílias perderam a essência de seus laços, autoridades esqueceram-se de que governam um povo e não seus próprios interesses, a justiça expandiu seu significado no dicionário tornando-se “relativa”, os educadores não têm mais esperança... O mundo não tem esperança, o mundo perdeu o seu rumo.

Jovens não cogitam a idéia de maternidade e paternidade, temem por seus próprios futuros e não querem colocar mais um “número” no mundo para sofrer. Pois nada mais somos além de números de tragédias, “x” mortos ou feridos, “x” vítimas, “x” voluntários que se solidarizaram com “x” problemas que o mundo expande.

As placas tectônicas não terão piedade, os ventos raramente soprarão como leves brisas primaveris, as geleiras continuarão a derreter, Ursos Polares ironicamente se afogarão, espécies que evoluíram durante bilhões de anos serão extintas em um mísero intervalo, cidades acompanhadas de todos os sonhos utópicos serão tomadas pelas águas, não haverá um meio de esfriar o planeta, e se vidas nunca foram poupadas, agora o nunca será ainda mais cruel.

E agora mentes brilhantes? Qual grande invenção nos salvará?

Qual máquina será capaz de controlar a fúria que vocês subestimaram o poder?

Quantos bilhões generosos vocês exibirão com soluções?

Será a tecnologia tão extraordinária a ponto de criar um novo planeta?

Ou os incontáveis dólares investidos em pesquisas espaciais serão para nos levar para marte? Seria uma boa explicação para tanta lambança diante às pessoas que realmente necessitam de atenção.

Se o fim do mundo existe, eu não vejo hora mais propícia para citá-lo!
As marcas do Homem na natureza serão eternas, e não há nada que ele possa fazer para reverter a ponto de conseguir um possível perdão.

Mas quem poderia prever que o próprio “Ser racional” faria isto com o próprio lar?

“Mas pedimos calma! Não há motivo para pânico!”

“Medidas já estão sendo tomadas.”

“Uma conferência reunirá estudiosos e governantes para implantarem uma possível salvação.”

“Nosso partido promete investir em soluções eficazes para a salvação do planeta.”

Frases como estas tornaram-se comuns, tão comuns, que inúmeros “números” sentaram-se em seus respectivos sofás para exalarem um “É, tem que mudar mesmo.” Enquanto vedados e hipnotizados sob as cores da TV não conseguem enxergar que nada irá mudar, que assim continuará, e o pior, que 'os números' nada farão ou querem fazer.

Não se sinta sozinho mundo, pois seus discípulos estão perdidos assim como estás.

domingo, 18 de maio de 2008

" Brilha onde estiver..."


Falta gente na foto por falta de espaço, não é a toa, a família é grande, mas também ta faltando uma pessoa muito especial, que certamente está em um lugar melhor, orando pela união que graças a Deus e a nossos esforços nunca nos faltou.

O coração ta apertado, chega a bater até mais fraco de saudade.

Vô, 10 anos sem você, e as vezes eu ainda penso que vou chegar para visitar a vovó e você vai ta lá, sentado no sofá com aquele sorriso que eu JAMAIS me esqueci, arrumando alguma coisa para a tarde passar. O pouco tempo que passei junto a ti me marcou, dono de um caráter exemplar, uma alegria no olhar apesar de tanto sofrimento, sempre arrumava um jeito para fazer a brincadeira dos netos, com suas histórias maravilhosas e sua voz que dispensava comentários.

Eu sinto saudade de todas as coisas boas que vivemos, e mais ainda das que não vivemos. O senhor foi como um pai e mãe e avó e tudo junto, é uma mistura dos mais intensos sentimentos, é parte de mim que se foi, mas parte que o senhor deixou para me dar forças e seguir em frente. O que me “consola” é que eu sei que o senhor está bem, aonde quer que o senhor esteja está bem... Aqui não dava mais avozinho, e por maior que seja a dor da saudade, ela nem se compara a dor de te ver aqui com todo aquele sofrimento, e perdão pelo atrevimento, mas por conta daquela maldita doença. Inúmeras vezes eu te sinto, eu lembro do senhor e o que mais me alegra, me vêm a memória somente os bons momentos, aqueles em que o senhor estava sempre sorrindo, feliz, e não em uma cama de hospital aguardando a piedade para partir.

Na minha formatura o que mais me doeu foi a valsa que não dançamos... O senhor gostava tanto de dançar =/ ... Quando o senhor se foi eu pensei que não teria forças para continuar, foi um ano difícil, o mundo ficou preto e branco, a vida não era mais tão viva. Mas eu sei daí de onde estás me mandou forças, e eu continuei, nós continuamos e avozinho o senhor pode ter certeza que eu vou fazer de tudo para te dar muito orgulho, esteja aonde estiver.

A falta, a saudade, enfim, são coisas inevitáveis... Mas hoje eu prometo me lembrar somente das coisas lindas que o senhor me mostrou, que me ensinou, vou olhar para essa mãe maravilhosa que por sorte também te teve como pai, vou olhar para as flores do jardim e me lembrar de todas as flores que já receberam teus cuidados, vou olhar uma ladeira e lembrar do “carrinho de rolemã” que o senhor me fez quase matando a vó do coração, vou olhar as moedas novas e me lembrar das velhas que o senhor logo tratava de transformar em um joguinho, vou olhar cada árvore e lembrar de tuas palavras para nos lembrar da importância que cada uma teria uma década depois, vou olhar minha família e vê-la assim como mais ou menos a foto da estante que relata... Feliz, unida, FAMÍLIA, assim como o senhor sempre sonhou, como sempre quis, e como sempre fez de tudo para que fosse.

“Brilha onde estiver” meu anjinho, brilha que a tua falta as boas lembranças acalentam.

Eu te amo infinitamente, incondicionalmente, é um amor que nada me tira, ninguém substitui...

Paz e Luz meu avô!

Agora e sempre.

sábado, 17 de maio de 2008

~~~ :) ~~~


Bote seus pés aonde quiser! O que realmente importa não é o local, e sim o rumo em que eles tomarão!
Aliás o que é rumo?
Alguém já tomou o tal do rumo certo?
Aonde ele leva?
Será que realmente importa? Não acomode... Ande! Não importa o local dos pés nem o rumo em que eles tomarão, o importante é que eles não parem... Não pare de andar! Ande! Não ande sem parar, pare, descanse! Não canse de andar, mas saiba a hora que os passos tornam-se cansados, então ande para outro lugar, outros lugares! Não importa o local, e nem o rumo, e nem as paradas... Porque delas virão os novos pontos de partida, e estes sim são os que realmente importam... Porque por pior que seja a chegada, sempre haverá um novo ponto de partida... Partidas boas, partidas ruins, partidas esféricas, partidas retas! Mas ande... Não deixe de andar... Crie pontos de partida, mas não faça deles um ponto final, na outra linha parágrafo letra maiúscula...
Crie vírgulas, ponto vírgula(s), reticências, não esqueça dos pés que te acompanham verdadeiramente, e nem pise nos que um dia te abandonaram ou não te acompanharam... Não importa o local, nem o rumo, nem as paradas, nem os pontos de partida...
O que realmente importa é andar!
Ande! Pra onde?
Não pergunte... Siga... Ande... Sempre... Sem ligar pra quando e nem por onde!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

"Nem toda palavra é
Aquilo que o dicionário diz
Nem todo pedaço de pedra
Se parece com tijolo ou com pedra de giz

Avião parece passarinho
Que não sabe bater asa
Parassinho voando longe
Parece borboleta que fugiu de casa

Borboleta parece flor
Que o vento tirou pra dançar
Flor parece a gente
Pois somos semente do que ainda virá

A gente parece formiga
Lá de cima do avião
O céu parece um chão de areia
Parece descanso pra minha oração

A nuvem parece fumaça
Tem gente que acha que ela é algodão
Algodão às vezes é doce
Mas às vezes é doce não

Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar
E o dia parece metade
Quando a gente acorda e esquece de levantar
Ah! E o mundo é perfeito!
Hum... E o mundo é perfeito!
E o mundo é perfeito!

Eu não pareço meu pai
Nem pareço com meu irmão
Sei que toda mãe é santa
Mas a incerteza traz inspiração

Tem beijo que parece mordida
Tem mordida que parece carinho
Tem carinho que parece briga
Tem briga que aparece pra trazer sorriso

Tem sorriso que parece choro
Tem choro que é pura alegria
Tem dia que parece noite
E a tristeza parece poesia

Tem motivo pra viver denovo
Tem o novo que quer ter motivo
Tem aquele que parece feio
Mas o coração nos diz que é o mais bonito

Descobrir o verdadeiro sentido das coisas
É querer saber demais
Querer saber demais"


- Sonhos, Fernando Anitelli.


quarta-feira, 7 de maio de 2008

O sempre diversifica-se!


É que nem sempre eu sou feliz apesar de ter uma alma feliz! É que nem sempre eu ajo positivamente mesmo plantando a positividade, e nem sempre eu tenho conforto apesar de confortar a muitos...

E nem sempre eu escrevo assim, mesmo pensando assim...

Nem sempre estou preparada e muitas vezes nem encontro o preparo, mas eu busco, eu busco o que não me é preparado...

Nem sempre eu quero falar, mas eu falo, eu falo porque muitos são incapazes de entender um olhar privado de palavras...

E nem sempre quero rimar, enfeitar, ou encantar, muitas vezes o que quero é exprimir, é agir, desabafar...

Se eu cair deixe-me levantar pois nem sempre que peço abrigo o necessito, e nem sempre que penso que não dá eu encerro com um não deu...

Jamais neguei ajuda, mas muitas vezes esqueci de que dela eu precisava...

Jamais neguei um abraço e através de muitos consegui um pouquinho mais de paz...

Eu errei, sei que errei, de alguns erros me arrependo, mas em muitos me inspiro...

Eu sorri, e cada sorriso eu guardei, eu me lembro de cada um, eu agradeço por cada um...

Eu sofri, eu fiz sofrer; Eu aprendi e ainda tenho muito a aprender, só espero que não muito mais a sofrer...

Eu escrevi quando senti vontade, nunca subestimei uma palavra... Mas nem sempre consegui transferir o surreal para uma folha de papel, pra um teclado, pra uma mente não preparada...

Eu coloquei reticências... Mas não foi pra colorir, é que as reticências possibilitam-me continuar o melhor que certamente está por vir...

E eu repito, nem sempre que penso que não vai dar, eu encerro com um não deu...

domingo, 4 de maio de 2008

Permita-se!

Parando para pensar, é tolice buscar precauções em coisas que aconteceram para não errar nas que estão por acontecer...

Se isso tornar-se um vício sempre reviverei e jamais viverei.

sábado, 3 de maio de 2008

[...]


Um metrô ao contrário, um metrô andando para trás, uma vista diferente, mais um dia desigual!

Mudar pontos de vistas! Que me livrem os deuses de visões imutáveis, de olhares vazios, de mentes revestidas por dogmas!Que me livrem ainda de ideais ultrapassados, de opiniões envolvidas por certezas, de um fim de tarde melancólico, de um coração batendo por ser apenas mais um órgão!

Experimente sentar no banco contrário a viagem do metrô, enxergar os trilhos que ficam para trás enquanto tudo vai pra frente! Perceba e grave em sua mente as coisas que ficaram enquanto segues, abstraia o que não lhe é mais útil, e carregue para mudanças as milhares de coisas que podem e devem ser aperfeiçoadas!

Não tente mudar o passado, muito menos o futuro... O passado já faz tempo e o futuro o presente que faz! Porém olhe para o passado sempre que pensares em reviver algo! A vida é tão curta que cada retrospectiva deve ser arduamente analisada... Será que vale a pena repetir a vida se temos tanto a viver em contradição com o “Tão pouco tempo”?

Depois de uma árdua analise, e se coerente reviva, o importante é viver!

E quando passares pelos túneis, repare que a escuridão nos leva a luz! E que assim como no sub-solo nossas sub-idéias dependem de um trilho que leve a luz! Então ilumine seus conceitos e seus dias com aquilo que faz seu coração palpitar, seus mais intensos e positivos sentimentos transparecerem, sua alma feliz!

E quando chegares a luz, não perca o início de tudo, continue a olhar para trás e volte ao processo... Mas não confundas rotina com mesmices! Rotinas podem ser mudadas, mas mesmices, estas é bom que nem entendamos!

Perceba que o metrô está sempre cheio, assim como a vida... Mas que quantidade nem sempre acompanha qualidade... Então selecione as pessoas que te acrescentam, e as que não estude-as como mais uma matéria do colégio que mesmo que indesejada deve ser aprendida para algum fim, mesmo que este nunca chegue.

Experimente extinguir a idéia de que começo, meio e fim são fatos sucessivos...



.


sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

É esse tal de destino...


“Destino é sinônimo de não ter outra escolha”
(Vi em algum lugar que não me lembro agora)

Ta ai uma coisa a se pensar!
Destino, palavra que todos conhecem, mas que ninguém sabe explicar! O que é esse tal de destino?
Vejamos, segundo o Aurélio:
Sucessão de fatos que podem ou não ocorrer, e que constituem a vida do homem, considerados como resultantes de causas independente de sua vontade, sorte, fado; 2- O futuro; 3- Aplicação, emprego; 4- lugar onde se dirige alguém ou algo, direção.

Hum... Legal! Alguém agora consegue explicar?
Palavras... Bla bla bla palavras! É estranha a idéia de “não ter outra escolha”, já que constantemente estamos diante de dezenas delas. É insaciável ter algo marcado, algo que está reservado e “destinado” exclusivamente a você.
Pensar que qualquer coisa que você faça, qualquer caminho que você tome, qualquer passo que você dê te levarão ao mesmo lugar é no mínimo estranho.
Quer dizer então que se eu correr feito doida atrás de minhas metas, ou se sentar o bumbum no sofá assistindo TV Fama a minha vida vai ser a mesma?
Acordemos! O destino é algo tão relativo quanto seu significado! De nada adianta atribuir perpetuidade a certo aspecto que a você parece o ponto de chegada, ou então “o tal do destino”. O destino diversifica-se, é mutável, assim como o homem.
Nós não precisamos viver a espera do destino se entendermos que “o tal do destino” somos nós quem fazemos. A vida foi nosso destino primordial, destino este fabuloso, valioso, inexplicável, que ninguém consegue dar o devido valor...
A questão não é boicotar “o tal do destino”, pelo contrário... O que eu não imagino é uma vida de esperas, a espera deriva na falta de ação e a vida é uma ação, e pra que acrescentar mais incertezas em nossas obras tão incertas?
Correr atrás do destino é uma ação enobrecedora, porém mais nobre torna-se aquele que o faz, aquele que trilha seus rumos, que é capaz de sonhar seus tão custados sonhos, que passa por cima de dogmas estabelecidos pelo senso alheio, que não tem medo de ir além.
Admirável é aquele que ainda assim consegue inovar o destino criado... É inaceitável a idéia de que não temos outra escolha, e que independente dos resultados de nossos destinos, felizes ou tristes, completos ou vazios estamos destinados a viver com os mesmos...

Faça seus valores, e crie aquilo que almeja... Não viva a mercê do que lhe é destinado, porque destinar é muito mais interessante e construtivo!

sábado, 5 de janeiro de 2008

E daí que tá isso aí!


E daí que ta um baita calor lá fora e que a tendência é a tudo piorar por descuido do homem, E daí?
E daí que é bem mais fácil colocar a culpa nas autoridades por atos que refletem nitidamente em nossas atitudes, E daí?
E daí que quem você ama nem sabe que em você habita um sentimento, E daí?
E daí que o tempo ta passando e seu maior desejo é a sexta feira mesmo sem ter planos algum para ela, E daí?
E daí que a vida te cobra respostas e você nada questiona, e daí?
E daí que suas amizades estão perdidas e você nem corre atrás, e daí?
E daí que o mundo ta acabado em guerras e você não é capaz de idealizar um dia de paz, e daí?
E daí que sua família ta desmoronando e você senta no computador, desliga e deita na cama sem dar muita importância, e daí?
E daí que o mundo inteiro te espera e você cria um mundo em que nem mesmo você consegue habitar, e daí?
E daí que o comodismo te envolveu de tal maneira que você não mais enxerga possibilidades, e sim aspira o que lhe parece mais fácil, e daí?
E daí que eu escrevo tudo isso para alguém ler e falar “E daí?”.
E daí?
Há alguma coisa “aí”?