segunda-feira, 29 de junho de 2009


Não se pode negar que o medo é uma sensação/emoção necessária, mas um dos picos da atividade humana é a capacidade de abstração. Quanto mais abstrairmos maiores serão as chances de vivenciarmos mais e mais aprendizados. Quando uma criança aprende a abstrair que a palavra “pena” pode ser tanto no sentido de dó, quanto no sentido de leve, e ainda no sentido de pertencer a um pássaro, ela abstraiu, ela ampliou a sua visão de mundo e suas possibilidades.
Agora, por que tanta dificuldade na abstração contextual de MEDO?
Repetindo, o medo é sim muito importante , como por exemplo, o medo de cobra que nos mantém em alerta sobre seu perigo, agora por que tanta dificuldade de abstrair esse medo frente a situações que não o exigem? Por que existe uma generalização tão grande para com o medo?
E ainda nos casos mais graves, por que o medo de ter medo?
Será por que o medo está intimamente ligado a memória? Sendo assim, seria a memória do medo mais aguçada que as demais?
Por que nossa capacidade de abstração é tão aguçada para determinadas situações e para outras não?

Seria a nossa abstração seletiva, tal como muitas vezes ocorre com nossa memória?

Temo que sim.