sexta-feira, 27 de junho de 2008

Perpetuidade [...]


Quando olho para trás percebo quanto tempo perdi perpetuando inúmeras coisas...

Sentimentos, escolhas, vitórias, derrotas... Eu não entendo esse desespero humano que cria essa necessidade de perpetuidade.

Quantas vezes me encontrei em situações que senti vontade de dormir por uma semana por medo de que fossem para sempre, ou pior, deixei de falar tantas coisas por pensar que certos momentos se repetiriam por toda a eternidade. Lembro-me bem, de uma pessoa que me fez debater ‘N vezes’ a idéia de que “Tudo passa”, bati o pé, ri, chorei, reivindiquei, mas nada era capaz de fazer essa mente mudar de idéia.

Jamais esquecerei de certa carta que dizia “Não existe alegria eterna, assim como não existe dor eterna.” Triste não?

Mas agora eu acho que entendo tais rascunhos... Faça uma retrospectiva de todas as circunstâncias perpétuas que você criou, feito isso, analise quantas ainda existem e que te causam o mesmo sentimento passado ao recordar...

Fato!

Chega a ser engraçado quando nos recordamos de desamores que julgamos fatais, promessas do gênero “Nunca mais faço isso” e que sem percebermos fazíamos a mesma coisa certo tempo depois, ou ainda quando deixamos para o amanhã o que poderíamos ter mencionado hoje, e não mencionamos porque achávamos que o amanhã seria o hoje com algumas horas de diferença...

Por mais triste que pareça, devemos sim levar em conta que as coisas não atingem a mesma intensidade a cada dia, os sentimentos por exemplo, hora se fortalecem, hora se enfraquecem fazendo com que nosso domínio perca a razão.

O que eu realmente entendi é que o querer independe de tempo! Não devemos nos preocupar com a duração das coisas, mas sim com a intensidade de cada coisa... Prefiro olhar para trás e ter uma lembrança intensa, do que resgatar esboços de palavras que não foram ditas por conta dessa maldita idéia de “o infinito pode esperar.”

O que é infinito além dos números que aprendemos nas aulas de matemática?

O que dura tempo suficiente a ponto de nos darmos ao luxo do amanhã?

Como alguém enxergou a perpetuidade se a vida é apenas um curto intervalo?

É preferível o ‘aqui e agora’, do que o ‘a eternidade cuidará’... Amanhã eu não sei, amanhã ninguém sabe, onde está a dificuldade de entender isso?

Planos são realmente fantásticos, sonhos então, nem se fala... É preciso o entendimento da palavra “perpetuidade”, sinônimo do “Sempre”, palavra forte, uma vez que dita pode causar inúmeras e incontroláveis conseqüências... Sonhar com o futuro, ou planeja-lo não é um erro, mas deve-se ter atenção para que o tempo não passe, e o presente acabe se tornando o futuro que nunca chega... Afinal de contas as realizações não se concretizam através de ideais, não independem de ações, não perpetuam seu tempo até que nossas atitudes sejam tomadas.

O perpétuo pode ser lindo, pode ser feio, pode ser doloroso ou prazeroso... Pode ser o que quisermos, pena que seu significado resulte em uma escassez de exceções e casos!

Eu prefiro não busca-lo e se for para enxergá-lo, que seja por conseqüência.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Mas é claro que o mundo da voltas... Agora, esperar ele “girar” é burrice!


Sei lá...

Repentinamente a ficha começa a cair...

E você percebe que suas atitudes derivadas em méritos ou perdas, nem sempre estão entrelaçadas a alguém.

Começa a analisar o mundo de uma outra maneira, e a prestar atenção nas coisas mais simples que envolvem as circunstâncias mais perplexas...

Aprende a dar extremo valor ao que se tem, para depois analisar o que se pode ter!

Passa a amar diariamente as pessoas... E se depara a um grande desafio: O de amar hoje!

Começa a aceitar as diferenças, e mais que isso, entende que sem contradições o mundo seria um imenso espaço vago geograficamente localizado!

Aprende a escutar o coração, e a se libertar dele...

A usar a razão sem ser escrava dela... Entende que em certos momentos ela não só é necessária, como essencial.

Passa a sentir o que grita dentro de você, passa a absorver o que passa subliminarmente, a captar palavras não ditas, examinar olhares sem miradas!

Percebe a aleatoriedade da vida, e sente vontade de confiscar cada segundo!

Aprende a aplicar o conhecido sabiamente...

Aprende a ser flexível e entende que uma opinião revestida de dogmas nem sempre é a correta!

Passa a ver a pratica de muitas teorias pré-conceituadas!

Abre mão de muitas coisas que parecem perpétuas...

Entende que somos aptos ao meio, e que por maior que seja o temor de uma mudança, o tempo encarrega-se de adaptá-la.

Você entende, aprende, percebe, sente... Mas se da conta que está em uma eterna e insaciável busca!

E esse é o maior e mais fascinante dos enigmas...

Porque quem procura, acha, e eu não quero tão cedo achar o fim desses tantos caminhos que ainda trilharei, desses tantos sentimentos que ainda encontrarei, e dessa vida, bela, viva, e inconstante que me aguarda.


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domingo, 1 de junho de 2008

Do popular para a reflexão...

Uma coisa que ouvi e é verdade!
As pessoas se decepcionam constantemente ao se depararem que “Aquele alguém” não era sua outra metade, ai partem para uma outra “possível” metade e adivinha? Percebem que novamente se enganaram. (Pura e crua verdade!)
Por quê?
Porque você não é metade! Jamais se sujeite a isso, você é inteiro, não precisa de metades para viver, o que você deve buscar é uma outra parte inteira no universo, assim como você é uma parte inteira no universo!
Se você pode ser inteiro, que sentido tem buscar metades?

A maioria de nossas decepções com as pessoas não se explicam por erros das mesmas, e sim por nossa inútil mania de criar um alguém humanamente inexistente que só habita em nossas tolas expectativas!

Procure uma outra imensidão, e não uma restrita metade!
Você só é metade a partir do momento que assim se condena!


E cá pra nós, eu tenho uma amplitude de coisas para descobrir, pouquíssimo tempo para me descobrir... Metade de mim seria um desperdício , uma atrocidade para comigo mesma!