quinta-feira, 17 de março de 2011

Cada dia um dia! Quando a gente dorme, o que ficou do dia dorme também, mas as vezes se esquece de acordar quando amanhece, e permanece adormecido em nossas lembranças do dia anterior, do que ficou pra trás, e quase nunca volta com a mesma intensidade...
O problema é aceitar! Eu escuto constantemente comentários do tipo "Preciso de novidades, coisas diferentes", mas será que é isso mesmo que na verdade as pessoas buscam? Será que elas param pra pensar no que terão de abrir mão com o novo? Será que na maioria das vezes cada escolha leva a uma renúncia e que feliz ou infelizmente a bagagem da vida não possui um peso ilimitado?
Há noites em que deito e me pego fazendo pedidos idênticos aos de anos atrás, há coisas que não mudam e que não precisam mudar, mas também existem outras que precisam sim mudar, e que mudarão, independente dos meus pedidos noturnos, matutinos ou vespertinos. E acho que por isso me peguei um pouco assustada depois de uma reflexão acerca disso, por MAIS que eu faça, invista naquilo que eu verdadeiramente acredito, quem me garante que meus desejos não dormirão num sono eterno e me abandonarão pela manhã? Balela essa coisa de "Faça por onde que terás", sendo a madrasta do conto de fada, NÃO, nem sempre terás! Lidamos com ambientes que nem sempre (ou quase nunca) temos pleno controle, lidamos com surpresas que aparecem pelo caminho sem que tenhamos planejado, e PRINCIPALMENTE, lidamos com pessoas o tempo inteiro, e estas, são as criaturas mais paradoxais de que se tem registro.
É provável que se nos apegássemos a isso estagnaríamos sem investir em nada, e isso, certamente seria pior... Mas afinal, se quase tudo tem fim, se quase tudo passa, por que essa vontade tão forte de eternizar momentos, pessoas e compromissos?
E quem é que explica tudo?
Eu é que não quero ser, eu quero viver, sentir, e me dedicar sim, porque a minha parte, o meu compromisso com a minha existência eu tentarei honrar sempre!