sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

É esse tal de destino...


“Destino é sinônimo de não ter outra escolha”
(Vi em algum lugar que não me lembro agora)

Ta ai uma coisa a se pensar!
Destino, palavra que todos conhecem, mas que ninguém sabe explicar! O que é esse tal de destino?
Vejamos, segundo o Aurélio:
Sucessão de fatos que podem ou não ocorrer, e que constituem a vida do homem, considerados como resultantes de causas independente de sua vontade, sorte, fado; 2- O futuro; 3- Aplicação, emprego; 4- lugar onde se dirige alguém ou algo, direção.

Hum... Legal! Alguém agora consegue explicar?
Palavras... Bla bla bla palavras! É estranha a idéia de “não ter outra escolha”, já que constantemente estamos diante de dezenas delas. É insaciável ter algo marcado, algo que está reservado e “destinado” exclusivamente a você.
Pensar que qualquer coisa que você faça, qualquer caminho que você tome, qualquer passo que você dê te levarão ao mesmo lugar é no mínimo estranho.
Quer dizer então que se eu correr feito doida atrás de minhas metas, ou se sentar o bumbum no sofá assistindo TV Fama a minha vida vai ser a mesma?
Acordemos! O destino é algo tão relativo quanto seu significado! De nada adianta atribuir perpetuidade a certo aspecto que a você parece o ponto de chegada, ou então “o tal do destino”. O destino diversifica-se, é mutável, assim como o homem.
Nós não precisamos viver a espera do destino se entendermos que “o tal do destino” somos nós quem fazemos. A vida foi nosso destino primordial, destino este fabuloso, valioso, inexplicável, que ninguém consegue dar o devido valor...
A questão não é boicotar “o tal do destino”, pelo contrário... O que eu não imagino é uma vida de esperas, a espera deriva na falta de ação e a vida é uma ação, e pra que acrescentar mais incertezas em nossas obras tão incertas?
Correr atrás do destino é uma ação enobrecedora, porém mais nobre torna-se aquele que o faz, aquele que trilha seus rumos, que é capaz de sonhar seus tão custados sonhos, que passa por cima de dogmas estabelecidos pelo senso alheio, que não tem medo de ir além.
Admirável é aquele que ainda assim consegue inovar o destino criado... É inaceitável a idéia de que não temos outra escolha, e que independente dos resultados de nossos destinos, felizes ou tristes, completos ou vazios estamos destinados a viver com os mesmos...

Faça seus valores, e crie aquilo que almeja... Não viva a mercê do que lhe é destinado, porque destinar é muito mais interessante e construtivo!

sábado, 5 de janeiro de 2008

E daí que tá isso aí!


E daí que ta um baita calor lá fora e que a tendência é a tudo piorar por descuido do homem, E daí?
E daí que é bem mais fácil colocar a culpa nas autoridades por atos que refletem nitidamente em nossas atitudes, E daí?
E daí que quem você ama nem sabe que em você habita um sentimento, E daí?
E daí que o tempo ta passando e seu maior desejo é a sexta feira mesmo sem ter planos algum para ela, E daí?
E daí que a vida te cobra respostas e você nada questiona, e daí?
E daí que suas amizades estão perdidas e você nem corre atrás, e daí?
E daí que o mundo ta acabado em guerras e você não é capaz de idealizar um dia de paz, e daí?
E daí que sua família ta desmoronando e você senta no computador, desliga e deita na cama sem dar muita importância, e daí?
E daí que o mundo inteiro te espera e você cria um mundo em que nem mesmo você consegue habitar, e daí?
E daí que o comodismo te envolveu de tal maneira que você não mais enxerga possibilidades, e sim aspira o que lhe parece mais fácil, e daí?
E daí que eu escrevo tudo isso para alguém ler e falar “E daí?”.
E daí?
Há alguma coisa “aí”?