segunda-feira, 24 de dezembro de 2007


Eu amo, idolatro, bendigo, vivo... Vivo por ti, vida!
É você que me faz seguir quando penso não ter mais nenhum rumo, que me faz cantar quando a melodia perde a graça, que me encanta quando o mundo desencanta, que me encoraja quando as portas se fecham, que me traz luz diante a escuridão dos maus pensamentos.
É por ti que eu brindo, que vivo, que sinto, que me entrego a cada dia de corpo e alma ciente da irreversível passagem de cada segundo que vai. E eu te dou valor, eu me encanto por ti a cada dia que levanto da cama, a cada passo que dou para mais uma vitória, a cada sorriso estampado nos lábios de quem amo... E até nos momentos de dor eu te vejo, e não só vejo, eu sinto que é por ti, que é por me acompanhares que devo prosseguir, porque sem ti nada teria sentido.
És bela vida! E mais belo ainda é saber de teu verdadeiro valor, e não usar-te como fonte de existência e sim atribuir existência a ti, não viver por viver, e se não enxergar-te como perfeita, pelo menos chegar o mais próximo disso!
Obrigada vida! Eu te agradeço por me acompanhar, eu valorizo tua beleza que para muitos é imperceptível, eu me encanto com tuas peças, interpreto tuas peripécias...
Eu te admiro por seguires com quem te desdenha, quem não enxerga tua presença... És forte vida, és vida!
E eu vivo! Sinceramente, eu vivo... Eu vivo enquanto posso, vivo enquanto estás comigo, porque depois nada poderei fazer, eu sei de tua passagem, eu sei que não estarei eternamente em tua companhia... E não digo infelizmente, pois assim como quase tudo, tu também deves fluir, embora sejas linda, como tantas outras coisas lindas passarás...
Mas não penso como e quando não estarás mais comigo, eu penso no agora, eu penso que estás aqui, eu sinto que estás aqui! E por isso eu vivo, eu bato no peito e digo que nunca morri em minha vida, por ti sempre vivi, és grandiosa vida... E é por isso que eu amo, idolatro, bendigo, vivo... Vivo por ti, vida...
Vida de vida, e não de existência!
Vida de Viver, e não somente existir!

domingo, 23 de dezembro de 2007

O tesouro despercebido...


Tão certo quando a morte é a certeza de que terás ao menos um amigo pelo qual morrerias!Desde que nascemos a amizade está presente, o olhar do médico, a entrega a mãe, a curiosidade do pai a aguardar. E quando pequenos sempre escutamos a tal palavra amizade, apesar de não a entendermos, a sentimos, a vivenciamos, a compartilhamos.
E o tempo vai passando você vai ganhando espaço no mundo e percebe que esse espaço se torna vago sem ter com quem compartilhar, sem tem com quem festejar com quem rir, chorar, chorar de rir, partilhar momentos de insanidade, momentos de dor, de alegrias, de aprendizados... E não da nem tempo de pensar o que falta, porque quando menos esperamos lá estão os amigos, os verdadeiros, os falsos, os eternos, os passageiros, cada um traz um bocado de coisas que deixa, e carrega outro grande bocado de nós!
Por varias que sejam as formas de amizade, acredite, todas são inclassificáveis, insubstituíveis e se sinceras intermináveis, sim, não temos que mudar constantemente de amigos se percebermos que todos estamos em constantes mutações. A vida nos enche de obstáculos, entre eles existe um que é o terror das amizades: A distância!E esta possui uma companheira inseparável: A saudade!
Existem os amigos que não vemos a toda hora, que não podemos vivenciar tantos momentos, que nos arrancam lágrimas de saudade, e que quando encontrados, nos trazem a vontade de confiscar cada segundo de companhia para toda a eternidade, e daí vem um aprendizado, que não se deve crer somente no que se enxerga e se sente a toda hora, pois apesar de não enxergáveis, e de pouco sentidos esses amigos são parte de nós e de nossos dias mesmo que longe...
Existem amigos que não desgrudamos aqueles que acompanham nossos erros, acertos, nossos estresses, nossas loucuras, ou até mesmo quando não existe mais nada para se fazer, só o fato de estar perto e das brincadeiras e coisas sérias trocadas formam histórias, e daí outro aprendizado, não precisamos de grandes e estrondosos fatos para constituirmos histórias felizes.
Existem as decepções causadas por “aprendizes de amigo”, aquelas que magoam, traem, machucam, revoltam, mais por trás dos “Aprendizes” existem os “guardiões de nossa felicidade” e estes são os verdadeiros amigos que amenizam a mágoa, que amenizam a dor da traição, que curam os machucados e apaziguam as mais intermináveis revoltas, e daí mais um importante aprendizado, que não podemos tomar por base um aprendizado para vivenciar outro, não é obrigatória a idéia de que uma dor leva a outra, e sim que uma dor nos ensina e nos guia ao caminho da felicidade.
E aí você não para de aprender, não para de sorrir, não para de partilhar, não vive sem suas metades espalhadas pelos mais distintos espaços geográficos, e se da conta que a vida seria possível sem a amizade, pois assim como as falsas, as verdadeiras poderiam também sumir, mas que sem elas a vida não teria sentido algum, não teria graça, não seria AMIGA!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

_ Madrugada _



Às vezes me perco em meus tantos mistérios, é como se existisse mais de um mundo, um que não domino e outro menos ainda...
Às vezes sou tão clara que nem preciso de um critério.
Às vezes sinto um vazio, a falta de algo inconscientemente desconhecido...
Outras sou tão completa que mais nada me seria necessário ou até mesmo permitido, a não ser essa vontade insaciável de aprender.
Gosto de falar de amor...
Melhor ainda gosto de senti-lo, gosto de vivê-lo.
Gosto das coisas recíprocas...
Gosto de parar e fazer algo aparentemente não solicitado ou “importante”.
Gosto de admirar uma beleza despercebida a olho nu e cru!
Gosto de me sentir viva... Não digo de saber que meus exames andam em ordem, e sim por sentir um coração a bater não só pela função de um órgão.
Gosto de usar a loucura, melhor ainda às vezes ignorar a razão.
Aprendi a não crer somente no óbvio...
A acreditar nas uniões mais improváveis...
Nas amizades verdadeiras...
E nas falsas também...
Aprendi que a vida não é feita só de maravilhas... Mas que muitas delas são ofuscadas por nossa insensibilidade e falta de percepção!
Aprendi que muitas coisas passam... Mas prefiro dizer que elas fluem, é um termo menos doloroso.
Aprendi que a dor é necessária... Mas o seu tempo de duração, é opcional!
Aprendi que não adianta nada aprender se não pudermos perceber...
Perceber está acima de qualquer sabedoria!
Percebi que o equilíbrio é necessário, mas que não deve ser utilizado sempre...
Até porque estaremos presos a uma eterna balança completamente balanceada...
Sendo assim não deixaremos o peso de uma decisão cair para lado algum...
E logo então nada decidiremos!
Aprendi que os sonhos foram feitos não só para serem sonhados...
Sonhar é bom... Mas procure passar mais tempo vivenciando-os do que se preocupando em formular mais e mais...
Percebi que mudar é preciso... Mas que o rumo é mais importante que a velocidade...
Às vezes penso que penso demais...
É claro isso é mais que preciso...
Mas será mais preciso que agir?...
Percebi que milhas não afastam um pensamento interligado, que o impossível diversifica-se a pontos de vista, e que o que torna o mundo interessante são esses tantos modos de vista!
Percebi o quanto seria chato agradar a todos!
O quanto seria difícil não encontrar obstáculos e entendi a monotonia que seria a perfeição, mesmo sem vivenciá-la!

E vou percebendo que as grandes conquistas não foram feitas por caminhos facilmente encontrados, e então, devemos buscar nos caminhos mais improváveis a certeza de uma vitória admirável!
É importante trocar palavras por atitudes... Ou melhor, saber transformar palavras em atitudes.
É interessante tornar desnecessárias as palavras, através de um olhar sincero, e mais ainda, transmitir a intensidade de uma ação através do mesmo!

Penso no final das coisas...
Porém prefiro pensar em constantes, renovados e intermináveis finais, pois assim nada terá um fim!
Sim idealizar é bom... Porém, não se prenda a um mundo ideal!
Gosto de formular teorias para um dia torna-las confirmações!
Penso em tornar possível muitas coisas desejáveis!
Espero viver tempo o bastante para falar que nunca morri em minha vida, e lá na frente poder olhar e me orgulhar do projeto constituído, e alcançar o sucesso dessa eterna obra pouco ou nada previsível!

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

_ Horas... Exatidão ou desculpas? _

Tem dias que as horas simplesmente recusam-se a passar, e não importa o que você faça, que pra você elas continuarão não passando!Ai você pega um livro, liga o som, caça um número da agenda telefônica, ou até apela para a televisão, mas não demora muito para perceber a inutilidade de tais tentativas.Ai começam as questões, por que isso? Aquilo por quê? O porquê disso? Porque sim, porque não! Quando perguntas deviam ser constantes e não sobras de nulas tarefas.Ai você olha na janela, vê um mundão lá fora e parece não se encaixar a ele!Vê pessoas felizes e indaga atribuindo dúvidas à felicidade.Se lembra de uma história, de duas ou três, mais cria um circulo, fazendo com que todos os seus pensamentos caiam em um mesmo lugar. As pessoas te olham, e perguntam o porquê de você insistir em reticências aonde um ponto final cairia muito melhor. Pode não parecer, mas elas têm o poder de ocupar a sua mente com perguntas e respostas nada congruentes baseadas em uma visão limitada de tempo e espaço.E você olha no relógio... E vê a mesma hora, os mesmos erros, as mesmas esperas, as mesmas pessoas... E nenhuma escolha!Não seria melhor quebrar de uma vez esse tempo que insiste em te escravizar?Mas o que fazer quando nada parece ter um fim?Como saber se um ponto final está correto quando a gramática perde as regras?Como deixar o passado em um outro capítulo para escrever o capítulo do presente?Como acreditar em respostas certas sendo a mente humana tão inconstante?Como tornar provável o fim de uma história construída exatamente pelo antônimo da precisão?Como esquecer um fato se o inconsciente logo manifesta o não fim do mesmo?Como entender o fim de um não começo?Se o tempo cura tudo, se nenhum erro é desperdício, se o início deixa de ser início então... Aonde se encontra o fim?Alguém já chegou até ele?Aonde é que ele termina?[...]