domingo, 23 de dezembro de 2007

O tesouro despercebido...


Tão certo quando a morte é a certeza de que terás ao menos um amigo pelo qual morrerias!Desde que nascemos a amizade está presente, o olhar do médico, a entrega a mãe, a curiosidade do pai a aguardar. E quando pequenos sempre escutamos a tal palavra amizade, apesar de não a entendermos, a sentimos, a vivenciamos, a compartilhamos.
E o tempo vai passando você vai ganhando espaço no mundo e percebe que esse espaço se torna vago sem ter com quem compartilhar, sem tem com quem festejar com quem rir, chorar, chorar de rir, partilhar momentos de insanidade, momentos de dor, de alegrias, de aprendizados... E não da nem tempo de pensar o que falta, porque quando menos esperamos lá estão os amigos, os verdadeiros, os falsos, os eternos, os passageiros, cada um traz um bocado de coisas que deixa, e carrega outro grande bocado de nós!
Por varias que sejam as formas de amizade, acredite, todas são inclassificáveis, insubstituíveis e se sinceras intermináveis, sim, não temos que mudar constantemente de amigos se percebermos que todos estamos em constantes mutações. A vida nos enche de obstáculos, entre eles existe um que é o terror das amizades: A distância!E esta possui uma companheira inseparável: A saudade!
Existem os amigos que não vemos a toda hora, que não podemos vivenciar tantos momentos, que nos arrancam lágrimas de saudade, e que quando encontrados, nos trazem a vontade de confiscar cada segundo de companhia para toda a eternidade, e daí vem um aprendizado, que não se deve crer somente no que se enxerga e se sente a toda hora, pois apesar de não enxergáveis, e de pouco sentidos esses amigos são parte de nós e de nossos dias mesmo que longe...
Existem amigos que não desgrudamos aqueles que acompanham nossos erros, acertos, nossos estresses, nossas loucuras, ou até mesmo quando não existe mais nada para se fazer, só o fato de estar perto e das brincadeiras e coisas sérias trocadas formam histórias, e daí outro aprendizado, não precisamos de grandes e estrondosos fatos para constituirmos histórias felizes.
Existem as decepções causadas por “aprendizes de amigo”, aquelas que magoam, traem, machucam, revoltam, mais por trás dos “Aprendizes” existem os “guardiões de nossa felicidade” e estes são os verdadeiros amigos que amenizam a mágoa, que amenizam a dor da traição, que curam os machucados e apaziguam as mais intermináveis revoltas, e daí mais um importante aprendizado, que não podemos tomar por base um aprendizado para vivenciar outro, não é obrigatória a idéia de que uma dor leva a outra, e sim que uma dor nos ensina e nos guia ao caminho da felicidade.
E aí você não para de aprender, não para de sorrir, não para de partilhar, não vive sem suas metades espalhadas pelos mais distintos espaços geográficos, e se da conta que a vida seria possível sem a amizade, pois assim como as falsas, as verdadeiras poderiam também sumir, mas que sem elas a vida não teria sentido algum, não teria graça, não seria AMIGA!

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